No dia 26 de outubro de 2019, o Sr. Walace Lara, repórter da Rede Globo, foi a uma sede dos Arautos do Evangelho em Caieiras para entrevistar a instituição religiosa no contexto de um programa a ser apresentado por ele no Fantástico.
Entretanto, uma vez no local, o repórter negou-se a escutar os membros dos Arautos que se encontravam ali, desejosos de restabelecer a verdade que fora distorcida pela emissora em programa anterior. Indignados com a atitude da reportagem, as famílias que estavam presentes expulsaram o repórter e sua equipe do recinto, aos brados de “racismo” e “discriminação religiosa”.
No mesmo dia, o serviço de imprensa dos Arautos do Evangelho dirigiu, à Rede Globo, uma Carta Aberta. Esta foi difundida ao grande público por aquelas mesmas mulheres cuja voz a emissora pretendeu calar.
Segue o texto da Carta (fonte: https://www.arautos.org/secoes/arautos/275100-275100).
CARTA ABERTA À REDE GLOBO DE TELEVISÃO
À TV GLOBO DE TELEVISÃO
Att. Programa FANTÁSTICO
Prezados Srs.
Dirigimo-nos à direção desta emissora para relatar um fato lamentável ocorrido hoje, dia 26 de outubro, na Basílica Nossa Senhora do Rosário, dos Arautos do Evangelho, localizada no município de Caieiras (SP).
Ontem, dia 25, sexta-feira, recebemos um novo pedido de entrevista do FANTÁSTICO, o qual cordialmente aceitamos, desde que nos fosse dada oportunidade de responder cada acusação de forma individual e, para este fim, necessitávamos das perguntas que seriam feitas.
À noite, o Sr. Renato Ferezim entrou em contato telefônico conosco, dizendo que não era costume do Programa antecipar a pauta com as perguntas.
Foi-lhe explicado que o pedido não consistia em cerceamento de liberdade de imprensa, mas tão somente na garantia de equidade e transparência. Por fim, aceitou-se a entrevista, apesar da recusa da Emissora em antecipar as questões.
Diante do desconhecimento de quais seriam as perguntas, algumas irmãs do setor feminino dos Arautos do Evangelho, direta ou indiretamente envolvidas, compareceram, inclusive, com legitimidade de falarem em nome da instituição sobre quaisquer perguntas.
Com efeito, ao chegar na Igreja, o Sr. Walace Lara disse para o Pe. Alex Barbosa de Brito que veio somente para entrevistá-lo, e a mais ninguém, sem justificar essa atitude.
Foi-lhe dito, então, que os Arautos abriam as portas para, com transparência, pedir ao FANTÁSTICO a oportunidade de restabelecer a verdade.
Estavam ali presentes:
– Ir. Terezinha (Karina Lorrayne Herdy Corbiceiro Zebendo), cuja privacidade e intimidade foi violada pela ampla publicação de sua imagem pelo FANTÁSTICO no domingo passado, enquanto estava sendo beneficiada com um “exorcismo privado”;
– Ir. Inês (Tammie Bonyun), irmã de uma jovem canadense citada numa das denúncias publicadas pelo programa anterior, cujo tema foi tratado pelo Sr. Walace Lara na última entrevista.
– Ir. Mariane Mariano Secundino, que é afrodescendente; quis estar presente a fim de esclarecer a falsa informação levada ao ar pelo FANTÁSTICO de que nos Arautos os negros exercem apenas funções de menor importância, a qual foi igualmente veiculada pelo FANTÁSTICO;
– Dr. Pedro Uchida, pai da Ir. Lívia Natsue Uchida, que veio pessoalmente responder às acusações caluniosas acerca do lamentável acidente que vitimou a sua filha.
O Sr. Walace Lara recusou-se, arbitrariamente, a ouvir estas pessoas, diante de centenas de testemunhas. Tudo gravado por nós.
O Pe. Alex Barbosa de Brito disse que aquelas irmãs tinham legitimidade para falar em nome da instituição sobre quaisquer assuntos, uma vez que ele, Pe. Alex, era tão Arauto quanto qualquer uma delas, e que não existe discriminação racial, nem de gênero, dentro da Associação Arautos do Evangelho.
Diante disso, o Sr. Walace recusou-se a prosseguir a entrevista e retirou-se.
A recusa e posterior saída do repórter com sua equipe é mais uma forma de calar a voz das verdadeiras VÍTIMAS.
Para os Arautos e seus admiradores essas denúncias estão sendo extremamente dolorosas. A situação está sendo difícil de controlar principalmente pelo público que realmente conhece as obras dos Arautos.
Diariamente, estamos recebendo centenas de ligações, e-mails e visitas, que mostram a indignação destas pessoas contra as agressões e inverdades lançadas no programa FANTÁSTICO do domingo passado, dia 20.
Se haverá nova matéria em continuidade à anterior, por que não permitir que mulheres atingidas pelo conteúdo da matéria anterior prestem depoimento ao FANTÁSTICO? O jornalista se recusou peremptoriamente, de forma discriminatória, a ouvi-las. Repita-se, tudo gravado por nós.
A intenção era evitar que no Brasil inteiro se multipliquem milhares de ações individuais a propósito dessas agressões contra a fé e a religiosidade das pessoas.
Por isso, elas clamaram ao repórter dessa emissora por um espaço, onde a sua voz pudesse ser ouvida e não apenas a de seus detratores.
Talvez, se o povo tivesse se aglomerado em frente ao Sinédrio, Nosso Senhor Jesus Cristo não tivesse sido crucificado…
Até quando, a REDE GLOBO e outros meios de comunicação “lavarão suas mãos”? Até quando vão “escolher Barrabás”?
Em uma democracia, TODOS devem ter voz, e os meios jornalísticos devem conceder espaço de modo equânime. O direito à liberdade de religião e a criminalização da intolerância religiosa são consagrados pela Constituição Federal brasileira, quer essa emissora goste ou não.
Não podíamos compactuar com uma nova entrevista na qual, após editada tal como o FANTÁSTICO fez em relação à matéria anterior, fosse calada a voz dos ofendidos.
As pessoas que aqui foram citadas, direta ou indiretamente, na última entrevista, têm o direito de ser ouvidas. E as irmãs Arautos do Evangelho que se apresentaram hoje possuem, repetimos, legitimidade e capacidade para responderem por si sós e pela instituição.
MULHERES não precisam de porta-voz!!!
Pelo menos aqui nos Arautos, é assim!
Caieiras, São Paulo, 26 de outubro de 2019.
Atenciosamente
Serviço de Imprensa dos Arautos dos Arautos do Evangelho
Por que a rede Globo não respondeu aos Arautos? Somente na hora de ofender a emissora se manifesta, mas na hora de se retratar, fica bem omissa. Onde está a justiça?