Monsenhor João: A maior vitória de Deus sobre o demônio4 minutos para ler

Em homilias proferidas em 8 de dezembro de 2008 e 8 de dezembro de 2009, o fundador dos Arautos do Evangelho, Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, demonstra que a Imaculada Conceição, embora não seja o maior privilégio de Nossa Senhora, é sim sua maior graça, e constitui um triunfo de Deus sobre o demônio e um triunfo da Igreja. Triunfo esse do qual também nós podemos participar.

Assista ao trecho:

Seguem as próprias palavras de Monsenhor João Clá:

Hoje [1] a Igreja celebra a festa da Imaculada Conceição. O privilégio essencial de Nossa Senhora, em torno do qual giram todos os outros privilégios, é a Maternidade Divina. E este privilégio é insuperável.

Entretanto, se bem que seja o maior privilégio não é a maior graça. A maior graça de Nossa Senhora é a da Imaculada Conceição. Ser Ela concebida sem pecado e já santa, santíssima, esse é o maior dom na linha da graça que tenha sido dado a Ela.

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A vitória inteira de Nosso Senhor [2] não se faz em nenhuma criatura humana, nenhuma criatura humana, até o momento em que aparece Nossa Senhora. Nossa Senhora é a vitória e triunfo de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre satanás e sobre o pecado; porque Ele ali manifesta todo o poder que Ele tem de impedir que o pecado faça estragos na humanidade. E n’Ela, portanto, Ele triunfa inteiramente. É o triunfo de Nosso Senhor.

É o triunfo de Nossa Senhora porque, além disso, Ela é escolhida para Mãe de Deus. E porque é escolhida para Mãe de Deus já a mancha não A toca e nem os efeitos do pecado original tocam n’Ela.

E é um triunfo para a Igreja, porque a Igreja ter uma criatura humana — pura criatura humana! — que faz parte da Igreja, e que ao tornar-Se Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, Se torna Mãe também da Igreja, e que é isenta de toda a mancha… é um triunfo para a Igreja!

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E estabelecida esta festa em meio o Advento [3], ela tem toda pompa, suspendem-se as leis do Advento, entram os instrumentos, entram as alegrias, entram os paramentos e inclusive o Glória e o Credo se fazem sentir nessa Missa. E é compreensível, porque “de Maria nunquam satis” [sobre Maria, nunca bastará]. E assim como nunca nós nos sentimos satisfeitos de ouvir falar d’Ela, também nunca nós nos sentimos satisfeitos de glorificá-La.

Nós somos filhos de Maria, todos nós, e somos filhos da Imaculada. Por quê? Porque é um título realmente cheio de luz e ao mesmo tempo cheio de glória e cheio de gratidão de nossa parte. Triunfo de Nosso Senhor Jesus Cristo, triunfo de Maria, triunfo da Igreja.

Mas, há um triunfo que nós esperamos muito, é o triunfo do Sapiencial e Imaculado Coração. Esse triunfo Ela prometeu em Fátima. Pois para que isto se dê é preciso que Ela triunfe, não só no que diz respeito à Imaculada Conceição d’Ela, mas Ela triunfe em infundir em nós algo desta imaculabilidade d’Ela e que assim nós, purgados e purificados, portanto, de nossas misérias todas, sejamos assistidos pelo Esposo d’Ela através d’Ela e assim sejamos nós cheios de Deus, cheios do Espírito Santo, e entusiasmados e purificados instrumentos nas mãos d’Ela para esse triunfo do Sapiencial e Imaculado Coração d’Ela.

Vamos pedir a Ela que um raio que seja desta Imaculada Conceição d’Ela e o fato de ser Ela inteiramente pura, inteiramente virginal, inteiramente santa desde o momento de sua primeira aparição na existência, que um raio de sol que bate hoje sobre estas pinturas todas aqui, nesses arcos, etc., seja o símbolo do raio que Ela possa fazer sentir no fundo da alma de cada um de nós. Raio de inteira pureza d’Ela, de inteira incontaminação e de integridade moral, plenitude, triunfo da Igreja, triunfo d’Ela mesma e triunfo de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Que esse triunfo se deite sobre nós em alguns raios e nos purifique inteiramente!

[1] Trecho de homilia de 8 de dezembro de 2008.
[2] Trecho de homilia de 8 de dezembro de 2009.
[3] Trecho de homilia de 8 de dezembro de 2008.